Em março teremos um café vindo do Alto do Jequitibá, Minas Gerais, produzido pelo Ari de Oliveira Filho.

Quando moço, Ari cruzava os cafezais de Manhumirim durante as viagens de trem que fazia entre Muriaé e Manhuaçu. Era o seu trajeto entre o seminário de padres, onde estudava e a casa dos pais, no período de férias escolares. Naquele tempo, nem sonhava que ali, naquele meio do caminho, estava traçado o seu destino. Antes de chegar a ele, Ari optou por não seguir o celibato. Formou família e se tornou bancário Manhumirim, cidade que sempre foi polo da cafeicultura da região das Matas de Minas. Conviveu por anos com os pequenos produtores de café, gente como o seu avô que fez história na região por lutar pela educação, justiça social e por uma qualidade de vida digna para os homens do campo. Foi assim que Ari se apaixonou também pelo cultivo artesanal do café. Se o avô levantou a bandeira da educação no campo, Ari lutou para que a sua região se tornasse uma referência na produção de cafés especiais de montanha. Trabalha dia e noite com essa missão. Gosta de acompanhar todo o ciclo de perto: a análise e correção do solo, o plantio das mudas, a adubação dos pés, a limpeza, o perfume da florada, a colheita, o pós-colheita e a separação dos grãos. Ari não descansa nem um segundo, pois produtor artesanal que é, sabe bem que por trás do cheiro bom da fumaça do café quente está um trabalho apaixonado de 365 dias por ano.

Variedade: Catucaí Amarelo
Processamento: Cereja Descascado
Altitude média: 1.180m 
Região: Alto Jequitibá, Sul de Minas
Notas sensoriais: Floral e frutado, doce remetendo

Texto original no site: matasdeminas.org.br